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Temas Personalizados

Lembro aos leitores que o tema pode ser sugerido. Basta me enviardes as vossas sugestões e procurarei desenvolvê-lo dentro das perspectivas. Este é azo da existência deste blog. Participai!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Não Temas


Somos peregrinos e forasteiros no mundo onde jaz o maligno. Entretanto, não precisamos temer a nada, pois o nosso Pai celestial vela por nós a cada instante de nossa vida. Paulo diz: "E o meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, CADA UMA de vossas necessidades." Filipenses 4:19. Que Deus nos abençoe! Edson Gonçalves, IASD Central de Maceió, Alagoas.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Glória de Deus

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.
I Coríntios 10:31.

O que vem a ser a gloria de Deus? Far-nos-á bem buscarmos o conceito divino para o vocábulo GLÓRIA, segundo o contexto do versículo bíblico temático. Diferentemente do que muitos pensam, glória não significa apenas fama ou sucesso, como se deu com José. Quando Ele se fez reconhecer pelos seus irmãos, ele disse: “Fareis, pois, saber a meu pai toda a MINHA GLÓRIA no Egito; e tudo o que tendes visto; e apressar-vos-eis a fazer descer meu pai para cá.” Gênesis 45:13. Ele havia conquistado fama em todo o Egito, pela sabedoria que lhe fora concedida por Deus; ele se tornou a segunda pessoa no mundo, uma vez que o Egito, em sua época, era a nação que sobrepujava as demais. A glória a que José se reporta aqui não é a glória que encontramos no texto bíblico principal.
Há outra referência à palavra glória. Encontramo-la em Êxodo 16:10. Assim está escrito: “E quando Arão falou a toda a congregação dos filhos de Israel, estes olharam para o deserto, e eis que a GLÓRIA do Senhor, apareceu na nuvem.” Nessa narrativa, temos outro significado para glória – o resplendor do Senhor, Sua manifestação. Existem outras passagens bíblicas que poderíamos citar, mas irei me ater ao tema, sob o prisma do verso que lhe serve de sustentáculo.
Como ponto de partida para entendermos o que Paulo está a nos dizer em I Coríntios 10:31, precisamos trazer à baila aquele incidente onde Moisés postulou a Deus ver a Sua glória. Ele disse: “Rogo-Te que me MOSTRES A TUA GLÓRIA!” Êxodo 33:18. Glória aqui não poderia ser fama, pois não faria sentido, nem tampouco o resplendor de Deus, pois diversas vezes Moisés houvera presenciado tal manifestação, mormente quando subiu para receber as tábuas da lei. Portanto, a fim de robustecer essa narrativa, leiamos com atenção a resposta que Deus oferta a Moisés. O Senhor falou para Moisés: “Eu farei PASSAR toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o Meu nome Jeová.” Verso 19. A resposta divina revela que a pretensão de Moisés não era ver outra coisa senão algo que demonstrasse o interior do Seu Criador, a natureza do Seu caráter.Até onde sabemos, bondade é um substantivo abstrato que necessita de um elemento concreto, pelo qual possa ser demonstrada.
O verbo passar, dentre outras definições, e neste caso, em específico, significa mostrar, evidenciar, exibir. Todavia, como exibir algo abstrato sem as suas ações correspondentes? Deus teria que realizar algum ato de bondade, ou numa visão mostrar a Seu servo Moisés, Suas benevolências em prol do ser humano. Mas o que tem a ver a bondade e a proclamação do no nome Jeová, com o vocábulo glória? Estaria falando Deus de assunto diverso ao do pedido de Moisés?
Chegada a hora, Deus manifestou a Sua glória perante Moisés. Mas os detalhes desse encontro são importantes para que entendamos a que Moisés estava se referindo com o seu pedido. Assim lemos: “Tendo o Senhor passado perante Moisés, proclamou: Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração.” Êxodo 34:6 e 7. Não foi em relação ao resplendor de Deus, que Moisés pronunciou essas palavras. Na verdade, temos aí uma resumida descrição do caráter do Todo-Poderoso. E Moisés, movido pelo Espírito Santo, proclamou o nome Jeová, ele foi o próprio instrumento por quem Deus fez cumprir a Sua promessa. De que forma Deus fez passar a Sua bondade diante de Moisés? Ele mesmo é a fonte da bondade, pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos. Atos 17:28. Ao passar Deus, portanto, diante dos olhos de seu servo, o Espírito Santo revelou-lhe o caráter de Deus de maneira sintetizada. E como Deus proclamaria o Seu nome Jeová? Pelos lábios de Seu servo. O que temos aqui? Revelação e proclamação do caráter do nosso Deus.
O Livro Sagrado nos ensina que Cristo veio à Terra para desfazer as obras do diabo. Dentre tantas, a principal obra do inimigo foi destruir a imagem de Deus no homem criado. Todas as ações deste revelariam não mais semelhança com o Ser supremo, mas com o príncipe das trevas. E dia após dia, pensava o diabo apagar tudo no homem que lembrasse o Seu Criador, até que, por fim, aniquilasse de vez da raça a humana os traços dAquele que, com amor eterno, a teria criado com Suas próprias mãos. Mas graças a Deus que seu intuito foi plenamente obliterado. Entretanto, o estado do homem natural não realça os traços morais do Senhor do Universo, e eis a razão por que está escrito: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23. O maior dano provocado pelo pecado na alma é a dessemelhança moral com o Criador. E isso só é possível reverter mediante o lavar purificador com o sangue do Cordeiro.
A essência do capítulo 10 de I Coríntios é o testemunho do cristão perante seus irmãos cuja fé não é tão robusta quanto a sua. Ali o apóstolo Paulo recomenda que algumas atitudes sejam suprimidas quando isso tem a ver com assuntos que não tenham tanta importância para a salvação, mas que poderiam ser causa de tropeço para os mais fracos na fé. Noutro falar: a carne sacrificada aos ídolos, para aqueles que sabiam que ela nada tinha de ruim em si mesma, não os deixaria de fora do céu, caso eles decidissem comer. Isso, contudo, era uma questão teológica para os fracos na fé, aqueles que criam piamente que tal carne não deveria fazer parte do cardápio do cristão, pelo fato de ela ter sido sacrificada a um ídolo. Isso era uma abominação para eles. Então, Paulo admoesta aos que crêem não ser problema o comer daquela carne que não o façam na presença dos fracos na fé, a fim de que esse ato não ponha em risco a salvação deles, por ser tal assunto um tropeço. Aqui se pretende enaltecer o amor fraternal, o altruísmo, traço moral do Salvador.
Por este azo – a revelação do caráter de Deus – Paulo diz àqueles que são fortes na fé que tudo que vierem a fazer, além do comer e do beber, nisso Deus seja proclamado, seja revelado o Seu caráter. Porquanto a suma do evangelho é a restauração do caráter de Deus no homem recriado pelo Espírito Santo. Tal obra miraculosa arranca estupefação de Satanás. Ele não consegue entender como isso é possível. Na verdade, a guerra cósmica iniciada no Céu consiste basicamente em uma luta pelo domínio da mente do homem, com o propósito de implantar nele o caráter de quem lhe for permitido vencer. Deus ou Satanás – o vencedor somos nós quem decidimos através do nosso livre arbítrio.
Assim como por Moisés foi proclamado o caráter de Deus, tal reação deve ser vista naqueles que nos contemplam. Deles devemos ser reconhecidos, em face de nosso proceder cristão, que temos estado com Jesus, e possamos exprimir tal qual São Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” Gálatas 2:20.
Todas as nossas ações, todos os nossos pensamentos, todo o nosso falar, devem refletir o caráter do Deus a quem servimos. Ele quer ser visto em nós, quer ser reproduzido em nós. O processo com que concretiza tal milagre no ser humano é chamado nas Escrituras de SANTIFICAÇÃO. O agente que promove esse processo é o Santo Espírito de Deus em colaboração com o homem. Nesse processo, o homem é chamado a participar; não é uma obra unicamente divina, pois o que lhe impulsiona é o poder de escolha que foi confiado ao homem. Em cada passo da vida, empós ser revelada a vontade de Deus pelo Espírito Santo, há mister de que o homem decida se quer continuar a jornada ou se pretende abrir mão do Céu e permanecer com o objeto de sua escolha. Decidindo o homem por avançar, o Espírito Santo lhe comunica nova justiça, tornando-o mais parecido com o Seu Redentor e o processo continua. Quem nele perseverar, será salvo.
Alguns crêem que o homem nada tem a fazer depois que aceita o Salvador, que a salvação vem sem qualquer esforço do homem para alcançar semelhança com Cristo. No entanto, Paulo nos recomenda: “Efetuai a vossa salvação com temor e tremor.” Filipenses 2:12. Se ele nos diz efetuai significa que não temos que esperar tão-somente por Deus, de braços cruzados. Nessa fase da salvação – a santificação – nossa colaboração com o Espírito Santo é imprescindível. Podemos dizer sem medo de errar que a santificação é a educação do homem ministrada pelo Espírito Santo, cuja matéria é a restauração do caráter de Deus, cujo livro utilizado são as Sagradas Letras, com o objetivo de preparar aqui mesmo na Terra, antes da volta do Salvador, cidadãos que deverão entrar no Céu com Ele e que futuramente serão seus co-herdeiros quando Ele estabelecer o Seu reino.
Lembremos, entrementes, que a santificação não poderá ser desenvolvida sem que o homem seja recriado por Deus. Não havendo esse milagre, o milagre da JUSTIFICAÇÃO, onde o homem é tornado JUSTO por Deus, o processo da santificação não poderá ser desencadeado. E todo esforço humano aqui é inútil. Alguns estão a lutar contra o pecado sem ter experimentado o milagre do novo nascimento e não alcançam perfeição de caráter, não se tornam semelhantes a Cristo. A prova de que nascemos de novo, de que fomos JUSTIFICADOS é a nossa própria vida transformada. Se não vivemos como Jesus viveu, é um sinal de que ainda não nascemos do Espírito Santo e que continuamos escravos de Satanás, não importa nossa condição social, não importa quem somos na igreja. Ser justificado é ser transformado à semelhança do Salvador. É um ato instantâneo de Deus. Os passos daquele que foi justificado são a reflexão das pegadas do Filho de Deus. Isso ocorre porque o Espírito Santo, concedido ao homem no ato da justificação, é Quem faz com que Cristo seja reproduzido na vida do crente. Essa obra é gradativa. Se Cristo viveu sem pecar, a vida de quem nasce de novo e é santificado, é uma vida isenta de pecado, pois “aquele que diz que permanece nEle, esse DEVE TAMBÉM ANDAR como Ele andou.” I João 2:6. E Cristo não transgrediu a lei de Deus. Não precisamos nos enganar.
Tudo que falamos, pensamos ou dizemos tem relação direta com a nossa salvação, pois implica em glorificar ou não a Deus. E foi para esse fim que Jesus veio ao mundo – tornar possível ao homem caído, destituído do caráter divino, tornar-se novamente participante da natureza divina. Glorificamos a Deus em nosso viver, quando permitimos que Jesus seja visto em nós. Em Romanos 8:29, Paulo declara veementemente o que já dantes afirmamos. Vejamos:
Porque os que dantes conheceu, também os predestinou PARA SEREM CONFORMES À IMAGEM DE SEU FILHO, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Romanos 8:29.
O que nos resta fazer para que o propósito de Deus seja concretizado em nossas vidas? Precisamos urgentemente nascer dEle, mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo. Precisamos pedir essa bênção. Nossas forças de nada valerão, serão totalmente inúteis. Se não formos a Ele e Lhe pedirmos que nos torne justos, nunca seremos santificados, e, por conseguinte, não seremos glorificados na Sua vinda. Estaremos perdidos.
Insto, neste momento, para que o leitor busque a Deus, se é que a tua vida não reflete a vida do Salvador, se é que ainda não foste transformado e convertido em criança, a fim de que Ele te conceda o que está prometido em Romanos 5:17o dom da justiça. Deus anela dar-te, no ato do perdão, um novo viver, um viver que Ele aprova: a própria vida que Cristo viveu e que só ela te habilita ao Céu.
Que Deus nos abençoe!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Horas Extras e Adicional Noturno

Há algum tempo, quando eu estava exercendo a função de PM1 de nossa Corporação, fui incumbido de analisar e declinar meu parecer concernente a horas extras e adicional noturno. Esse é um assunto que tem se tornado uma dor de cabeça para o governo. A matéria tratava de uma consulta feita pelo Sr. Cel Ronaldo dos Santos à Procuradoria Geral do Estado, quanto à possibilidade de se conceder horas extras e adicional noturno aos policiais militares lotados no Gabinete Militar do Governador do Estado e na Assessoria Militar do Vice-Governador.

É importante salientar que, haja vista os benefícios não terem sido agregados ao subsídio do policial militar, por que cargas d’água eu não sei, tal matéria deve ser ajuizada na justiça, particular ou coletivamente, lembrando que as benesses do direito não atendem a quem dorme. Segue abaixo, portanto, a íntegra do meu parecer, com o escopo de esclarecer aos companheiros que precisam de uma luz sobre este tema tão consagrado e ao mesmo tempo vilipendiado em suas raízes.

“Malgrado a matéria contida no Art. 39, § 4º da Constituição Federal vigente tenha dividido as opiniões e sido debatida em várias esferas jurídicas quanto ao acréscimo de adicionais para os servidores que percebem por meio de subsídio, já se vislumbra uma interligação entre esse parágrafo e o anterior, o § 3º do mesmo artigo.

Há quem diga que não há lastro jurídico na Constituição Federal para a percepção de adicionais noturnos ou horas extras por parte dos servidores que recebem seus salários na modalidade de parcela única, o subsídio. Seria um tremendo disparate assim considerar, pois como se explicaria o acréscimo do 13º salário, por exemplo? Não se faz mister se demorar tanto para entender que a redação do § 3º com a Emenda Constitucional 19, de 1998, emergiu para salvaguardar garantias que poderiam ser suprimidas no subsídio. Assim entendeu o Tribunal Regional Federal da 5ª Região:

“A interpretação sistêmica da Constituição Federal, leva ao entendimento de que a vedação aos acréscimos pecuniários indicados no parágrafo 8º, do art. 39, da CF/88, não se estende às verbas remuneratórias contempladas no art. 7º c/c o parágrafo 3º, do art. 39, da CF/88.”

Mais:

“A própria Constituição Federal, compondo o referido equilíbrio das normas constitucionais, mitigou a regra segundo a qual os agentes públicos serão remunerados por subsídio como parcela única, deixando à parte de tal espécie remuneratória direitos constitucionais como o 13.º salário, 1/3 de férias, dentre outros relacionados no § 3.º do artigo 39 da CF, aplicáveis, por força da referida norma, ao servidor público.” Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. 20060020011321MSG, Relator LECIR MANOEL DA LUZ, Conselho Especial, julgado em 04/12/2007, DJ 10/03/2008 p. 44).

José dos Santos Carvalho Filho, em seu livro Manual de Direito Administrativo, declara de maneira assaz esclarecedora:

“Poder-se-ia argumentar que o § 4° do Art. 39 exclui essas vantagens ao falar em parcela única; ocorre que o § 3° refere-se genericamente aos ocupantes de cargo público, sem fazer qualquer distinção quanto ao regime de retribuição pecuniária. Quando há duas normas constitucionais aparentemente contraditórias, tem-se que adotar interpretação conciliatória, para tirar de cada uma delas o máximo de aplicação possível. No caso, tem-se que conciliar §§ 3° e 4° do Art. 39, de modo a entender que, embora o segundo fale em parcela única, isto não impede a aplicação do outro, que assegura o direito a determinadas vantagens, portanto, igualmente com fundamento constitucional.” CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo – 17ª ed. rev. e atual, Rio de Janeiro, Editora Lumen Júris, 2007.

Outrossim, Edmir Netto de Araújo, renomado professor de Direito Administrativo, em traços gerais nos presenteia com seu vasto conhecimento:

“Há certas parcelas que, apesar da vedação do art. 39, §4º, poderão ser constitucionalmente adicionadas ao tal subsídio fixo: trata-se de adicionais previstos no texto constitucional, como por exemplo o 13º salário, adicional de trabalho noturno,adicional de férias (1/3 de férias), salário-família, gratificação por prestação de serviços extraordinários, que encontram respaldo no art. 39, §3º e art 7º, com os incisos aí referidos, suprimidos inconstitucionalmente os incisos VI e XXIII (também como precaução contra a interpretação provável do Judiciário) da CF, e também aquelas parcelas de caráter indenizatório, tais como diárias, ajudas de custo, despesas de transporte e outras indispensáveis ao exercício das atribuições do servidor.” ARAÚJO, Edmir Netto de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 323-325.

Tempestivamente, faz-se mister trazer à luz o entendimento de Celso Antônio Bandeira de Mello:

“Como se verá logo em seguida – ao se tratar do limite remuneratório dos servidores públicos -, o disposto no art. 39, §4º, tem que ser entendido com certos temperamentos, não se podendo admitir que os remunerados por subsídio, isto é, por parcela única, fiquem privados de certas garantias constitucionais que lhes resultam do §3º do mesmo artigo, combinado com diversos incisos do art. 7º, a que ele se reporta. Por esta razão, quando for o caso, haverão de lhes ser aditados tais acréscimos, deixando, em tais hipóteses, de ser única a parcela que os retribuirá.” MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 17º Edição, revista e atualizada. Editora Malheiros: São Paulo, 2004, p. 249-253.

Alfim, o Procurador do Distrito Federal, Antônio Carlos Alencar Carvalho assim se expressou num documentário elaborado em novembro de 2008, corroborando o que até o momento foi declinado:

“Por isso que se conclui que:

a) a Constituição Federal não pode ser interpretada com o efeito de abrigar antinomias em seu seio, modo pelo qual se deve conciliar o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 39 da Constituição Federal, no sentido de reconhecer a possibilidade do pagamento de adicional de serviço extraordinário e de trabalho noturno aos servidores públicos remunerados por subsídio;

b) os direitos trabalhistas fundamentais dos incisos determinados do art. 7º da Constituição Federal, estendidos aos servidores ocupantes de cargo público por força do disposto no art. 39, § 3º, da Carta Magna, não excluem os agentes públicos remunerados na forma de subsídio, haja vista que as normas tutelares obreiras destinam-se a assegurar direitos sociais essenciais, como o lazer, o convívio familiar, o descanso, em defesa da pessoa humana que trabalha no serviço público, independentemente da maneira como estipulada sua remuneração, se em parcela única ou em se em vencimento básico mais vantagens pecuniárias adicionais;

c) os servidores públicos remunerados por subsídio podem perceber específica retribuição pelo exercício de cargo ou função comissionada por atividade de direção, chefia ou assessoramento, sem violação ao Art. 39, § 4º, da Constituição Federal.”

No desiderato de enriquecer tais assertivas, evoco o Boletim Geral Ostensivo 095, da nossa briosa Polícia Militar de Alagoas, datado de 25 de maio do ano fluente, onde consta a transcrição da decisão prolatada pelo Exmº Sr. Klever Rego Loureiro, Juiz de Direito da 17ª Vara Cível da Capital, sobre o tema em questão, fruto de Ação Ordinária, através do Processo 001.06.004859-0:

“JULGO PROCEDENTE a presente ação em todos os seus termos, para determinar ao Estado/réu que implante no soldo dos autores o pagamento do adicional de horários extraordinários e noturno, bem como efetue o pagamento dos trabalhados efetivamente realizados e comprovados pelos autores nas condições extraordinária e noturna não pagos, a partir de 20 de março de 200 I...”

Dessarte, não há como não reconhecer o azo do § 3º do Art. 39, cuja finalidade é a garantia e amplitude dos direitos constitucionais essenciais aos servidores públicos (excetuando-se os que exercem mandato eletivo e os que ocupam emprego público, já abrangidos pelo artigo 7°) contidos no Art. 7º, nos seus Incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX.

É uma realidade consabida que o Art. 1º do Decreto 1415, de 20Ago2003, estabelece uma nova redação ao Art. 17 do Decreto 35126, de 15Out1991, convergindo uma das garantias constitucionais para os servidores militares alocados no Gabinete Militar do Governador do Estado ou na Assessoria Militar do Vice-Governador. Ora, tendo a Constituição Federal, nos parágrafos já citados, asseverado e estendido aos servidores públicos o direito aos acréscimos ali contidos, há de se reconhecer a inutilidade jurídica do decreto acima mencionado, uma vez que fazem jus às garantias em alusão TODOS os policiais militares e não somente os integrantes daquelas organizações especiais.

Este é, por conseguinte, o parecer quanto ao cerne em comento, da competência desta 1ª Seção do Estado-Maior Geral.

Entretanto, em face do arrazoamento de matéria de cunho especificamente financeiro, vão os autos à conspícua Diretoria de Finanças para se manifestar a respeito, voltando os autos a esta 1ª Seção do Estado-Maior Geral desta Corporação, empós conclusos.


Quartel em Maceió, 08 de julho de 2009.



EDSON GONÇALVES DA SILVA - TC QOC PM

Chefe da PM1/EMG”

É necessário, entretanto, deixar claro para os companheiros que se sentirem com seus direitos lesados, quanto ao assunto, que nenhuma conduta infensa ao que reza estabelecido no nosso regulamento de disciplina será sensata, uma vez que todas as coisas possuem o seu próprio e legal mecanismo para se achar a solução devida. A insubordinação jamais foi um ato de um profissional que se preze envergar o uniforme de nossa secular Instituição, a quem devemos respeitar e enaltecer, por constituir a fonte de onde provém o nosso sustento, sancionada por Deus.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Álcool: Ilusão Suicida.

A Porta de Entrada

Muitas são as razões pelas quais os jovens, e também adultos, enveredam por um caminho escuro e tenebroso: o alcoolismo. Estudos nos mostram que dentre as mais apontadas estão a curiosidade, a influência, a idéia de status e a busca por uma fonte de poder.

Hodiernamente já não há idade para ingressar no mundo do álcool. Adolescentes, sim também crianças, já ingerem bebidas alcoólicas livre e abertamente, como se não houvesse censura. Pesquisa realizada em 5 capitais brasileiras revelou que 45% dos jovens entre 13 e 19 anos envolvidos em acidentes, haviam ingerido bebida alcoólica.

Existe uma errônea e perigosa idéia circulante de que beber socialmente não induz o indivíduo a ser alcoólatra. Na verdade, existem algumas pessoas que ingerem moderadamente bebidas alcoólicas e são alcoólatras sem terem consciência desse problema. O alcoolismo é manifestado quando o indivíduo já não domina a vontade de beber, seja moderadamente ou não.

Saúde Afetada

O álcool causa prejuízo à nossa saúde. De acordo com a Revista Plantão Médico – Drogas, Alcoolismo e Tabagismo, o álcool é a droga que mais detona o corpo (tanto quanto a cocaína e o craque); a que mais faz vítimas; e é a mais consumida entre os jovens no Brasil. O índice de câncer entre os bebedores é alarmante, quer por ação tópica do próprio álcool sobre as mucosas, quer por conta dos aditivos químicos de ação cancerígena que entram no processo de fabricação das bebidas. Os efeitos corrosivos diretos do álcool sobre o esôfago e estômago provocam gastrite, úlcera péptica, esofagite e síndrome de Mallory-Weiss (sangramento das lágrimas na mucosa, na junção do estômago e esôfago, normalmente causada por fazer muito esforço para tossir ou vomitar).

Nem os recém-nascidos são indenes à ação do álcool. A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), termo utilizado para descrever os efeitos comumente observados nos filhos de mães alcoólatras, que consiste em tamanho pequeno, face anormal, outras anormalidades físicas e retardo mental. Ocorrência: 1 a 2 casos por mil nascidos vivos.

A Maior Tragédia

Mas há um mal de conseqüências mais drásticas que eclode pela ação do alcoolismo: o dano à família. Não poucos lares já experimentaram seus amargos efeitos. Famílias que gozavam harmonia e perfeita paz, viram-se vítimas da ação avassaladora desse espectro. Crianças que antes descansavam na confiança da simples presença dos pais, vivem agora aprisionadas pelo medo, traumatizadas pelas inúmeras ocasiões em que assistiram cenas lamentáveis de desentendimentos, muitos dos quais culminaram em violência e tragédia. Esses consectários se refletem diretamente no rendimento escolar, nas relações sociais futuras. O número de lares destruídos, resultante do alcoolismo, é assustador e tem se tornado preocupação para estudiosos e autoridades.

A Saída

Estás dominado pelo álcool, caro leitor? Tua vida que já fora um baluarte para os que te rodeiam, está hoje inflamada pelo vício do alcoolismo a ponto de trazer tão-somente ignomínia aos teus entes queridos? Teus alvissareiros projetos foram todos destruídos por este inimigo sutil? Se tu enveredaste por este caminho, quaisquer que tenham sido as razões, ainda há esperança de liberdade. A possibilidade de tua vida novamente exalar um aroma suave aos que te estimam, ainda está ao teu alcance. Tudo só depende de ti.

No caminho de volta, há um elemento assaz importante para que possas alcançar a cura total: o reconhecimento de que necessitas de ajuda. A partir daí, todos os teus esforços, canalizados para a tua recuperação, serão de grande ajuda, quiçá a de maior importância. Ninguém que se disponha a mudar o rumo de sua vida, em busca da vitória sobre seus fracassos sociais e morais, e ponha os pés na estrada do recomeço, deixará de receber o auxílio do Amigo divino. Se assim não fora, não veríamos tantos testemunhos de pessoas que eram tidas como irrecuperáveis, agora vibrantes em sua nova vida.

Meditai sobre isso, nobre leitor! Pensai no bem incalculável que poderás obter se decidires dar cabo a esta ilusão que não tem outro fim, senão a morte. Se tua imagem desgastada, corrompida, refletida no espelho não for suficiente para arrancar de ti uma decisão, olhai para tua esposa, para os teus filhos, para aqueles que sofrem dia após dia, aguardando o teu regresso à sensatez. Imaginai o teu lar restaurado, com a confiança reconquistada dos teus, com a admiração novamente desenhada no rosto dos teus rebentos, os quais poderão exprimir com emoção: “este é o nosso pai”.

Há um poder no homem, outorgado por Deus, que só a ele compete o exercício. É o poder da escolha; a força da vontade. Se decidires pela recuperação, encontrarás junto às marcas de teus passos regressivos, as do teu Redentor. Ele não te deixará sozinho, pois será Ele o teu próprio ajudador. Ele será o teu guia. Não há o que temer nem espaço para a dúvida.

Há uma coroa de vitória te esperando, caro leitor. Existe um novo e maravilhoso horizonte totalmente traçado para o teu viver. Todo o céu te aguarda, assim como aqueles que te amam e ansiosamente desejam que sejas um vencedor. E serás, basta que te determines recomeçar. Não aguardes melhor oportunidade, faça-o agora, pois amanhã poderá ser muito tarde.

Está escrito: E o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora. São João 6:37.

domingo, 28 de março de 2010

Transferência de Sentimentos

Muito embora possa transparecer banalidade, este tema constitui um grave problema vivenciado por não poucos policiais militares, dentre tantos profissionais. E o pior: eles não dão conta de suas incalculáveis conseqüências, cuja vítima principal, dos segmentos sociais de que participam, quando não é alguém achegado, é sua própria família.

O que vem a ser “transferência de sentimentos”? Decidi explanar a matéria em dois tópicos, cujos títulos representam a culminância dos seus efeitos e os dois aspectos que encerram a esfera do seu desencadeamento.

Corações Dilacerados

Um mecânico foi advertido rispidamente por seu chefe diante de seus colegas de trabalho, em virtude de um serviço não tão bem executado. Ele ficou arrasado. No entanto, temendo sofrer represálias, preferiu aceitar aquela situação e continuar o seu trabalho resignadamente.

Ao chegar em casa, sua esposa e seu filhinho o aguardam ansiosamente por sobrevir a hora daquele passeio tão almejado. Ele abre a porta e não percebe que a casa está mais arrumada do que de costume, nem nota seus entes elegantemente vestidos, com sorrisos em seus rostos, como um cartão postal. Seu rebento tem numa das mãos um pedaço de papel com uns escritos rabiscados, certamente alguma mensagem infantil que desejou ofertar ao seu papai. Mas ele está furioso com seu chefe, e não é hábil em segregar as zonas sociais do seu mundo. E aí, quando sua esposa entabula conversação com ele, eclodem sua raiva e impaciência, respondendo-lhe de maneira áspera e deselegante. Seu tom de voz atinge a alma e o coração do infante que esconde sua mãozinha, com medo. Dois seres abrupta e emocionalmente atingidos. Essa ferida é de dor e extensão incomensuráveis.

O que levou aquele mecânico a agir de maneira tão cruel com aqueles que lhe devotam seu amor e carinho? Qual a relação que existia entre eles e a sua indignação? Quiçá fora sua frustração que causara esse infortúnio. Frustração por não ter tido a coragem de reivindicar seu direito de cidadão, de ser humano, de gente. Sejam lá quais forem as respostas para essas indagações, o fato é que sua esposa e seu filho, receberam o que não mereciam, devido a sua imaturidade de não saber fazer distinção entre o seu trabalho e o seu lar. E a história estará fadada a repetir-se, até a ocasião em que ao mecânico seja descortinada a vida e num lampejo de humildade enxergue o tremendo mal que causara àqueles que mais mereciam o seu afeto.

Auto-estima Destruída

Um certo dia um homem saiu de casa aborrecido. Ele havia se desentendido com seu filho mais velho, que não conseguiu concluir com êxito o ano letivo na faculdade, e tal desventura implicaria em gastos que não estavam no orçamento, comprometendo os empreendimentos do pai.

Este homem era diretor de uma empresa. Sua secretária era muito dedicada ao trabalho e assaz organizada. Nada lhe passava despercebido. Como soia fazer, perdia algumas horas da noite preparando as planilhas e as correspondências do seu chefe. Muitas vezes era sua confidente até, quando algo lhe incomodava o espírito.

Naquele dia, porém, seu chefe chegou apressadamente e não correspondeu ao seu cumprimento, como sempre fazia. De pronto lhe cobrou os expedientes e logo percebeu o imperceptível: seu nome havia sido digitado de maneira incorreta nos envelopes. Foi a centelha necessária para que suas palavras recebessem um timbre de voz hostil, tratando sua abnegada secretária da maneira mais desonrosa e inimaginável. Apanhada de surpresa e grandemente magoada, ela se retira da sala e procura isolar-se por não saber esconder suas incontidas lágrimas.

Tudo estava perfeito. Seu chefe não estava com os óculos indispensáveis aos seus olhos quando pegou os envelopes para conferir. Na verdade, se a visão de sua alma não estivesse embaçada pela frieza da vida, não perceberia o mínimo erro que sua fiel secretária tivesse cometido, em face dos seus relevantes serviços.

A auto-estima de quem tanto devotou dedicação e esmero em suas atividades para que nada estorvasse o desempenho da empresa de seu chefe, estava agora ameaçada. Fora afetada de modo injusto e inaudito. Com que desvelo realizará doravante suas tarefas? Como sua produção se refletirá desde então? Tudo por conta de um desequilíbrio emocional de alguém que não atentou em diferençar as diversas sociedades onde estava integrado. O que a secretária tinha a ver com a falta do filho de seu chefe?

A resposta é óbvia: nada, absolutamente.

Reflexão

Meu caro leitor, talvez o teu proceder te faça semelhante a um dos personagens dos eventos acima. Talvez a tua vida tenha sido pautada com atitudes que há longo vem ferindo aqueles que te estimam, que não medem esforços para ver aplainado o teu caminho, a tua carreira. E se tu estivesses no lugar de um dos vitimados dos episódios aqui narrados, como contemplarias esse constrangimento? Mas continuar assim não é mais necessário. Não há erro, não há pecado, por mais negro que possa parecer, que não tenha um remédio eficaz para a sua cura.

É certo que não podemos retornar ao passado e corrigir o mal feito, no entanto, está em nossas mãos o poder de escolher a direção correta, o rumo que dignificará a nossa existência, que glorificará Àquele que a tudo vê e tem o poder de nos conceder a vitória sobre nossas fraquezas.

Um dos personagens de um determinado filme, disse: “todos sabemos que iremos morrer. Não sabemos como nem quando, mas importa que vivamos de maneira que sejamos lembrados como homens”.

Nossa privilegiada posição, nossas aprimoradas faculdades, sim, tudo que possuímos, foi-nos concedidos pelo Criador, que nos designou como Seus mordomos, não para nos satisfazermos egoisticamente, todavia para minimizarmos os sofrimentos, as necessidades dos menos favorecidos, do nosso próximo.

E se todas estas palavras não forem suficientes para mover teu coração, reflita sobre uma advertência do nosso amigo e Salvador Jesus Cristo: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Mateus 25:40. O vocábulo pequeninos denota não inferioridade, mas a condição de quem necessita de ajuda. Não devemos esquecer que todos somos propriedades de Deus e que se maltratamos alguém, a Deus mesmo maltratamos. Esse princípio é irrefutável.

É de bom alvitre, outrossim, não olvidarmos que de todos os nossos atos, quer sejam bons quer sejam maus, seus efeitos tempestivamente retornarão a nós tal qual um bumerangue. Atingir-nos-ão com a mesma intensidade com que alcançara o seu alvo. E disso ninguém escapará, pois está escrito: “Não vos enganeis: Deus não Se deixa escarnecer, aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6:7.

Apelo

A transferência de sentimentos não mais precisa ser um espectro em teu viver. Basta tão-somente decidires abandonar-te nas mãos dAquele que pode e quer tua vida modificar. Todos somos objetos do amor de Deus, máxime os que mais dEle se distanciaram, os que mais negam a Sua presença. E tu fazes parte desse contexto, independente do modo como vives, amigo leitor. Não anelas que a tua vida seja uma bênção na vida dos que te rodeiam? Não pretendes desfrutar da paz perene que tua alma tanto anseia? Não desejas estar de pé quando Cristo retornar para dar o galardão a cada um segundo as suas obras? Deus te conceda que sim.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Nosso Desafio Histórico!

A PEC 300 não é somente um direito, é uma questão de honra. Não nossa, pois sempre teve seu valor inalterado, mas daqueles que deveriam ter vergonha de olharem seu próprio rosto num espelho, antes de negarem o absoluto e transparente assento constitucional. Acatar é obrigação, rejeitar é inaptidão (2). Manifesta teu parecer! Este é teu espaço.

domingo, 21 de março de 2010

Nosso Objetivo

Pensei em um lugar onde pudéssemos desfrutar da liberdade de exprimir os nossos pensamentos, nossas idéias, salutares e construtivas, que a despeito de sua natureza legítima representam uma ameaça para os que temem perder o poder de seu despotismo.

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